quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Oração



Selassie EU - Jah - Rastafari EU - Yeshua Jah! - Rastafari I - Grande e Altíssimo Senhor dos Senhores!!!- Pela sua misericórdia Jahôvia Jah! Derrama sobre Eu ah sabedoria e o entendimento, o conselho e a fortaleza de Eu e Eu Santo; ciência, piedade e o temor de Deus, que assim seja Rastafari Eu. Selah!Mais forte seja a fé de Eu e Eu, para honra e gloria do Senhor Jesus Cristo - Esperança e Caridade dentro de Eu e Eu - Prudência e Justiça Eu - Fortaleza e temperança Rastafari Eu.Yeshua Jah, dar de comer quando Eu tem fome. - Yeshua Jah, dar de beber quando Eu tem sede. - Jahôvia, vesti Eu, e dar pousada quando Eu peregrina pelos caminhos que leva Eu e Eu ao monte Sião.Alma de Rastafari I, levai os novos cânticos celestiais aos enfermos e aos encarcerados - buscai remir os cativos ôh alma de Rastafari I. Ôh Jah, o teu bom conselho saia da boca de Eu, Pai.A tua instrução tira o menos esclarecido da ignorância, Senhor.Tu corrigi o erro de Eu e Eu, Deus Conosco.Os aflitos têm consolo e as injúrias têm perdão, porque teu Espírito Santo vive dentro de Eu e Eu e faz que a alma suporte pacientemente as fraquezas do Eu Semelhante.Da mesma forma que foi escrito pelos teus dedos o Êxodo 20 e Deuteronômio 28 no coração de Eu Rastafari, que apostolicamente os capítulos 5, 6 e 7 do livro de Mateus, viva continuamente com autoridade na mente de Eu e Eu.Soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça, que caia por terra todas as mazelas e seja lavado o corpo imundo pelo o sangue sagrado do Senhor Jesus Cristo, que é templo corpo de Deus.Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja teu nome, vamos nós ao seu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus, o pão nosso de cada dia nos dai hoje senhor, perdoai as nossas dividas assim como perdoamos aos nossos devedores, e não deixes, que caiamos em tentações, mas livrai-nos de todo o mal - pois Teu é o reino o poder e a gloria para todo o sempre - amem.Haile I - Selassie I - jah Rastafari I - Yeshua a-do-nai - Jah.



Fonte: Texto retirado integralmente de [http://curiri-jiujitsu.blogspot.com/] - acessado: 24 de novembro de 2011.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pichação

Nasce devagarinho (um risquinho...), o olho no professor (uma letra...), o rosto a ferver (uma palavra...), a deliciosa excitação do proibido (um insulto...), da clandestinidade (um desabafo para o companheiro do lado, desafiando-o a partilhar a aventura...). É uma tentação. Aquela mesa tão lisa, tão limpa, tão imaculada; e aquela aula tão chata, aquela matéria tão “seca”, ditada tão monocordicamente... O cenário convida, as circunstâncias justificam – porque não?

Cresce. Salta das mesas da escola para as portas dos estabelecimentos comerciais, para muros e paredes que, de tão vazios, parecem estar mesmo a pedi-las. Invade ruas, terras, países, com um arrojo impune que se transforma em vírus sem antídoto nos grandes centros, onde as pessoas são massas e o vazio é grande demais para ficar contido no peito.

Morre com a idade – essa “coisa” que vem de lado nenhum para domesticar todas as vozes. Mas lá no fundo (alguns mais fundo do que outros) algo sobrevive – linhas soltas, traços confusos que, em qualquer instante de inadvertência, podem saltar para cá e para fora, indomáveis outra vez.

Há palavras que ganham corpo em lugares escuros, sombrios e malcheirosos. Palavras libertas de todos os constrangimentos em lugares onde a livre expressão se furta por completo a qualquer tipo de controle. Palavras libertas até mesmo de sentido. Confusas. Gritos silenciosos feitos matéria. Subversão. Transgressão. Insulto. Lixo visual. Inocência. Palavras apenas. Necessárias? Haverão palavras necessárias? Serão “apenas palavras”?

Não ostentam bandeiras nem pretensões de mudar a sociedade. Mas, à sua maneira, quem sabe, não contribuem para tornar essa sociedade mais transparente? Porque nós somos esses muros pintados, essas mesas escritas, essas portas cravadas a canivete, esses banheiros públicos sujos de tinta e de todos. Sim, nós somos esses nomes, esses rabiscos, esses insultos, esses erros ortográficos, esses alguém “Love” alguém...

“A cultura não salva ninguém, não justifica. Mas é um produto do homem: o homem projeta-se nela; só esse espelho crítico lhe devolve a própria imagem.” (J. P. Sartre)

E eis que o espelho nos devolve a decadente imagem de uma sociedade com vontade de falar e sem nada para dizer. De um espaço onde já ninguém se entende porque falam/escrevem ao mesmo tempo, atabalhoadamente, uns em cima dos outros, sem respeito por uma individualidade que é, afinal, uma noção cada vez mais difusa... Será a anti-cultura uma solução neste mundo ambíguo e de idéias diluídas onde as pessoas já não conseguem ter sonhos?

Reais, presentes, difíceis de ignorar, situados algures na tênue fronteira entre o racional e o irracional, estes escritos são a mais pública, banal e indomesticável das formas de expressão. Um culto, quase, adorado na sombra por milhões de adeptos que, possivelmente, teriam muita dificuldade em explicar o porquê dessas palavras gratuitamente lançadas onde ninguém as quer.

Não sei explicar o fenômeno. Talvez seja um modo de saciar a eterna fome da afirmação e do dizer. Talvez não seja nada. São “só” palavras com prazo de validade. Duram o tempo que durar uma porta, o espaço entre uma pintura e outra, nunca se sabe. Vivem entre o eminente perigo do desaparecimento e o da ilegibilidade resultante de um acumular infinito de palavras, desenhos, riscos, moralidade barata, filosofia de cordel... Mas há mais espaço. Há sempre um outro espaço.


(texto adaptado, de Catarina Moura.)
Retirado do livro: O Graffiti na cidade de São Paulo e sua vertente no Brasil, de Sérgio Poato – 2006.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Jardineiras Fiéis

O biólogo Paulo Oliveira, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), se aprofundou na pesquisa da relação entre plantas e formigas, onde mostra que os animais não só arrastam as sementes para locais mais propícios, como as limpam, facilitando a germinação. Além disso, algumas espécies de formigas levam as sementes para dentro do formigueiro, onde os pesquisadores descrevem como uma ilha de nutrientes, uma terra mais rica em Nitrogênio e Potássio, e bem fofa graças à escavação que elas fazem. Há também formigas que contribuem atacando outros insetos, como as lagartas de borboletas que prejudicam as plantas.

Esse artigo é a comprovação de que tudo na vida está interligado, por menor que o animal seja ele tem a sua importância. Muitas vezes as formigas são vistas como pragas que matam plantas, principalmente brotos, e agora é possível enxergar outro lado da história, onde as formigas são as proliferadoras de plantas, árvores e muito mais eficaz que outros animais como aves e macacos, que são geralmente associados à dispersão de sementes.

É muito bom saber que hoje conseguimos enxergar que nem tudo é praga, que não precisamos matar tudo, e sim que dependemos uns dos outros, somos interligados, por mais que para muitos as formigas ainda sejam vistas como animais minúsculos e sem importância. Esse artigo comprova que se prestarmos mais atenção veremos o valor de cada animal que existe.


Resenha produzida por Mirella Moreira, aluna de Agronomia da UNESP Botucatu

Fonte: Revista Pesquisa FAPESP 161, Julho de 2009, p. 48-51