quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Geração Coca-Cola

Como cantou Legião Urbana:


“Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola”.


E hoje vemos comumente essa mesma canção de protesto ser cantada por uma vasta legião de jovens rebeldes ditos “revolucionários” pelas vias da cidade, mas por um instante, pare e pense: - Você Sabe Quem É ou O Que É a Geração “Coca-Cola”?
Nesta inquietante questão resolvi postar uma possível explicação sobre este tema interessante, que por sinal, esta acabando com o mundo, com a cultura de Raiz Brasileira, afinal, o que vemos apenas, é o consumo norte americano dominando o mundo, e que quer queira ou não, essa é a nossa geração, a famosa geração “Coca-Cola”.
“A geração “Coca-Cola” é, pois, a atual geração. É a mocidade que está a par dos últimos acontecimentos esportivos, a principal responsável pela renda fabulosa dos jogos de futebol e das revistas pornográficas. É a geração que sabe de cor e salteado o nome do último “crack” da pelota e ignora a existência de um César Lattes; que ovaciona um chute de Pelé, mas nunca leu Rui Barbosa; que fala a todo instante de Dante, mas não a Dante da Divina Comédia, e sim o Dante, cavalo de corridas. É a mocidade que anda em blocos, falando alto, fazendo algazarra nas ruas, assobiando, dizendo obscenidades, como se estivesse em um lupanar. É o moço bobo que dirige gracejos e sandices às moças e senhoras, que dá gritinhos histéricos no cinema, rasgando e quebrando as poltronas, e engordurando-as e sujando-as, com a brilhantina ordinária dos seus cabelos, que se esparramam, como em tranças femininas, pelo pescoço afora.”
(“Geração Coca-Cola” – Pascoal Melantônio - editora Obelisco – 2ª ed. 1959 – pág. 20)
“É uma casta nociva que não pensa, não lê, e cuja única preocupação é o diploma fácil e uma baratinha. O teatro, a música, a literatura, a arte, para eles, não existem... e se existem de nada servem. Para eles, só o cinema, e assim mesmo, de Hollywood, pois num clima falso e artificial é que eles se sentem felizes”. (Geração Coca-Cola - pág. 21).
Como podemos ver, a geração “Coca-Cola” é na verdade nossa geração alienada. São nossos Jovens e também NOSSOS PAIS; afinal esta geração iniciou-se após o Imperialismo Norte Americano edificar-se (por volta da década de 50, 60), onde esta “querida” nação criou a vida de “Consumo”, onde todos nossos problemas poderiam ser cessados se nós consumíssemos produtos satisfazendo assim nosso ego uno. Criando o monstruoso termo “Moda”, onde modelos ditas como “perfeitas”, são expostas usando roupas e utensílios que nós deveríamos possuir para sermos felizes assim como elas são em suas respectivas merchandagens.
Essa monstruosa geração Coca-Cola possui um enorme fundamento por de traz dela, tornar as pessoas fúteis, alienadas, consumidoras natas de produtos dos EUA, para que eles mesmos (EUA) tenham o monopólio do mercado internacional e nacional (EUA é o País que possui o maior índice de Consumismo do mundo – trata-se consumista a pessoa que a cada 6 meses ou menos renova tudo que ela tem por produtos novos, de acordo com a tendência do semestre).
Mas o pior de tudo, é que de acordo com o livro de Pascoal, existem 3 tipos de estereotipo Coca-Cola que seriam os da Classe Alta, Média e Baixa; cada um com sua peculiaridade una.
Mas hoje, posso dizer-lhes com firmeza que cada classe possui diversos tipos de geração Coca-Cola, SIM, diversos tipos, hoje na classe alta, média e baixa não tem mais uma geração Coca-Cola, temos varias, são algumas: - Roqueiros; Regueiros; Melódicos; Pagodeiros; Play-Boys; Patricinhas & Mauricinhos; Rappers; Funqueiros; Clubber’s, e etc... – ou seja, a “moda” hoje em dia não é única, hoje em dia, pelo menos aqui no Brasil, não temos uma única rotulação de moda, temos varias, temos uma diversidade fútil para nos rotularmos por um período de 6 meses.
Lembrando que o conceito de geração Coca-Cola é todo estereotipo de gente que não tem um ideal de vida, vive por consumo, o Rock, Reggae e Rap citado acima como um modelo de geração fútil vem do rock pop moderno, black music e reggae não-raiz, onde bandas sem nenhum fundamento em suas letras tocam um rock, reggae e rap no rítimo, mas o protesto original que veio de cada um dos generos não existe, um grande exemplo citado pelo autor do livro “Geração Coca-Cola” é o próprio Elvis Presley, o
Rei do Rock Coca-Cola.
Saiba você que não quer ser rotulado como um “individuo Coca-Cola”, um individuo fútil por vivencia, procure estudar, procure se conscientizar, procure idealizar uma vida ao qual você acredita ser real, procure entender que consumo só existe para lhe deixar preso a uma cadeia de
alienação, ego e medo.
Quer ser consciente?

Então deixe de lado essa vida de consumo, dê mais atenção ao que é real, a Vida – Viva-a! – sem consumo.



Fontes:
Geração Coca-Cola de Pascoal Melantônio - editora Obelisco - 2ªed. 1959
Respostas Yahoo para Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
História das Coisas
Ilha das Flores

2 comentários:

  1. Gostei e concordo plenamente que as pessoas estão cada vez mais consumistas.. e isso, pra muitos, é uma felicidade. Porém momentanea. Pois a evolução esta sendo cada vez mais rápida e vc se satisfaz em um período de tempo mto curto deixando sempre um "vazio". Pra quê? Qual a importância da quantidade, eu prefiro qualidade, sejam elas profissionais, sociais e familiar.. enfim qualidade de vida.. paz de espírito!

    Natália Andrade.

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  2. conteudo muito interenssante..gostei muito! :D
    o essencial da vida, tem sido muitas coisas, só o alimento, o ar, aAgua, amor, paz, humildade, sabedoria e agradecer que nos da tudo isso, com estremo amor. Mais não queremos sempre mais, camisetas, relogios,correntes, Tenis, carros, motos, produtos importados, caros, novos.. achamos que vivemos para conceguir isso!?
    VIVA.. VIVA.. VIVA.., A SOCIEDADE ALTERNATIVA..!
    Paaz!

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